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20 de Abril de 2024

Avança discussão em torno da reforma Tributária

Publicado por Josemara Meireles
há 7 anos

A proposta de reforma tributária faz parte da agenda positiva para o Brasil, independentemente das crises que surgem e desaparecem. O sistema tributário deve ser limpo, simples e transparente para a retomada da competividade do país, disse o deputado Luiz Carlos Hauly, relator da comissão especial que discute o projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados. Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo para expor os principais pontos da proposta, o parlamentar informou que já existe um consenso em torno da reformulação completa do sistema, que contempla os interesses do setor produtivo, do trabalhador e do fisco. “É uma proposta de reengenharia tributária, simplificadora e tecnológica que vai enxugar o sistema, acabar com a guerra fiscal, o contencioso tributário e a sonegação, tornando a tributação mais justa para o país”, resumiu. Essa é a 35ª palestra do relator para explicar as mudanças propostas, entre as quais a extinção de vários tributos e uma nova forma de partilha da arrecadação. O texto deve ficar pronto em julho e depois será submetido à audiência pública na internet para receber sugestões e críticas, antes de ir ao plenário. Ousada, a proposta envolve mudanças na Constituição e cerca de 12 projetos de alterações infraconstitucionais. Por esta razão, deverá ser feita em duas etapas. Para o relator, trata-se de um grande projeto nacional de desenvolvimento econômico, cuja discussão não pode ser contaminada com outros projetos mais polêmicos em tramitação no Congresso, como as reformas Trabalhista e Previdenciária. Para facilitar a aprovação do texto, o relator disse que a proposta tem uma transição para garantir que a União, Estados e municípios mantenham a arrecadação tributária atual. Durante a transição, seriam discutidos os novos critérios de partilha, que entrariam em vigor a partir do sexto ano e seriam aplicados gradualmente por 15 ou 20 anos. A disputa em torno da partilha foi o principal obstáculo para a aprovação de reformas no passado.

MUDANÇAS: O texto em gestação na comissão especial vai propor a extinção do ICMS, carro-chefe das finanças dos Estados; IPI e Cofins, tributos federais; ISS (Serviços), de competência municipal e o Salário Educação. No lugar desses tributos, o relator propõe a criação de dois impostos: IVA (Imposto sobre Valor Agregado), de competência estadual; e um seletivo (ISE), destinado à União, que incidiria sobre energia elétrica, combustíveis, cigarros, bebidas entre outros produtos. O imposto sobre a renda e a CSLL seriam fundidos num único tributo, o IR, de caráter progressivo. Na nova partilha proposta, os municípios ficariam com todos os tributos que incidem sobre o patrimônio, como o IPTU (imóveis urbanos), ITBI (transmissão de imóveis), IPVA (veículos), ITCMD (herança) e ITR (imóveis rurais). De acordo com o relator, a extinção de tributos que incidem sobre o consumo, como o ICMS, Pis, Cofins e ISS tornaria o sistema tributário menos regressivo. Atualmente, mais da metade da arrecadação total (54,4%) está concentrada nos impostos sobre o consumo, quando a média mundial é de 32%. No ranking de nações que mais tributam o consumo, o Brasil ocupa a décima posição, de acordo com dados apresentados pelo parlamentar.

Presente à audiência pública, o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, disse que a simplificação do sistema é uma etapa que pode ser implementada de forma imediata por meio, por exemplo, da padronização da Nota Fiscal Eletrônica usada pelos Estados. “É preciso construir uma base para um sistema mais racional e simples, como é o Simples Nacional, que vem segurando a arrecadação de impostos”, comparou.

Em apoio à proposta de reforma tributária, Afif informou ter colocado uma equipe do Sebrae à disposição da comissão especial para subsidiar os debates. O presidente do Sindicato das Empresas Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP), Márcio Shimomoto, também vê com bons olhos a proposta. “Atualmente, os contadores gastam quase 90% do tempo no cumprimento de obrigações acessórias”, criticou.

A audiência pública foi realizada pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo, da Assembleia Legislativa de São Paulo, da qual a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) faz parte. Ao final da audiência, o deputado Itamar Borges entregou ao relator documento com os principais pontos que devem nortear a reforma, como a revisão dos prazos de lançamento e revisão dos créditos tributários, simplicidade e clareza nas regras tributárias, fim da guerra fiscal, prazo de no mínimo 60 dias para o contribuinte cumprir as obrigações acessórias e a inserção da lei que criou o Simples Nacional no Sistema Tributário Nacional. Fonte: Diário do Comércio – SP Acesso em: http://www.apet.org.br/noticias/ver.asp?not_id=2 538

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/avanca-discussao-em-torno-da-reforma-tributaria/462948271

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DEMOLIÇÃO DO SISTEMA POLÍTICO E TRIBUTÁRIO
Na construção civil há situações em que uma edificação fica tão comprometida que não compensa fazer reformas, melhor é demolir e construir novo edifício.
A situação política e tributária do Brasil ao longo dos anos ficou tão emaranhada, tão comprometida e raquítica que não há reforma que dê jeito, obviamente as estruturas fundamentais já não sustentam o sistema complexo, grande e pesado deste país.
O governo, os políticos e os cidadãos precisam parar de falar em reforma, parar de sugerir reforma, o que precisa ser feito é demolição e nova construção, assim como foi feito no sistema monetário brasileiro na década de 90. Assim como em 1994 se utilizou o URV como moeda transitória, deve-se criar um sistema provisório para fins transitórios e construir um novo, monumental e transformador sistema político e tributário.
Essa "nova obra" será sem dúvida a Grande Upgrade do Brasil, um novo rumo de ordem e progresso, claro que não será a solução de todos os problemas, mas de muitos.
Mas isso tem que ser feito na hora certa, tem que ser em um momento de estabilidade "emocional", certamente o melhor momento será no governo de 2023 a 2026, até lá sugiro que os políticos os influenciadores e a sociedade como um todo acreditem e se unam nesta linha de pensamento. continuar lendo